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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Amazonas tinha informação sobre plano de fuga de presos e não pediu ajuda federal, diz ministro



Fonte: Reuters 

BRASÍLIA (Reuters) - O governo do Amazonas recebeu informações com antecedência sobre um plano de fuga do presídio em Manaus onde uma rebelião esta semana deixou 56 mortos, mas não informou o governo federal nem pediu ajuda para enfrentar a questão, afirmou nesta quarta-feira o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.
Após reunião sobre o tema com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, que visitará Manaus está semana, o ministro disse ainda que está claro que houve falhas por parte da empresa responsável pela administração do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), e que há uma investigação em andamento para determinar eventuais outros responsáveis.
"Há relatos de que a Secretaria de Segurança (do Amazonas) tinha informações de que poderia ocorrer uma fuga entre Natal e Ano Novo, exatamente por isso, segundo as autoridades locais, foi reforçada a segurança do local", disse Moraes a jornalistas, acrescentando que o governo federal, no entanto, não foi notificado.
"O governo federal em momento algum foi informado nem solicitado qualquer auxílio, seja da Força Nacional ou de qualquer outro mecanismo", afirmou.
Um motim iniciado na noite de domingo dentro do Compaj, que só terminou na segunda-feira, deixou 56 mortos como resultado de uma briga entre facções rivais.
A rebelião foi a mais violenta no país desde o episódio conhecido como Massacre do Carandiru, em São Paulo, em 1992, que terminou com 111 presos mortos, quase todos em decorrência do confronto com a polícia, que invadiu a casa de detenção para retomar o local.
Além dos mortos no Compaj, mais quatro presos foram mortos na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na zona rural de Manaus, elevando para ao menos 60 o números de presos mortos esta semana no Amazonas.
Moraes, que esteve em Manaus por dois dias após a rebelião, afirmou que as autoridades estão investigando se o motim pode ter sido deflagrado para possibilitar a fuga de lideranças de uma facção criminosa.
"Nunca ocorre algo assim por um único motivo. Aqui nós temos uma somatória de fatores, há a questão das facções, obviamente, mas a questão também que agora ficou ciente por parte do poder público federal que havia um planejamento de fuga", disse.  

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